Estava a ler um post no insta da loja Sex Shop Cupido sobre o fisting, explicava o que é e a forma mais segura de o fazer. Até aí tudo bem, o post perguntava o que é Fisting e claro não tem muitos comentários, mas um diz que quem pratica tem uma tatuagem a marcar até onde conseguiu. Ou seja segundo aquele senhor que comentou é comum entre os homosexuais tatuar uma marca entre o pulso e o cotovelo(!) a marcar até onde enfiou a mão, o braço e quiçá o cotovelo dentro de um dos orificios do parceiro/a.

E agora?

Como é que eu vou conseguir não olhar para os braços das pessoas? 

Fui dar uma escapadinha, lugar sossegado, sem muita gente, ou seja sem interesse nenhum.

Percebi que isto agora de namorar tem  muito que se lhe diga. 

Andamos de mascara, certo? Logo aí perde-se muitas das expressões faciais. Aquele franzir de nariz, ou um sorriso maroto, até mesmo um movimento negativo com os lábios.

Andar abraçados, óptimo. Dar aquele beijinho espontâneo, nem pensar, estamos de mascara.

Fazer um carinho no cabelo ou na cara, red alert, quando é que desinfectei as mãos?

Tudo mudou não foi?

Como é que se namora na rua sem tocar?

O meu blog de contos eróticos faz este mês dois anos, é verdade que não ponho lá nada há mais ou menos um ano, mas pronto está lá na mesma. 

Com o covid, a vida complicou e seguiu em direções que não estava nos meus planos. Entretanto escrevi, escrevi muito, mas só para mim, não havia a vontade de mostrar a outros. Estou muito desiludida com os humanos em geral e com os portugueses em particular.

Li que, isto de uma pandemia ia trazer o melhor de nós, se isto é o melhor, meus amigos, estamos condenados.

De maneira que vou pôr por lá mais uns textos, confesso que vou esconder um ou outro parágrafo mais cabeludo, não tenho paciência para mensagens parvas.