"A Grande Onda de Kanagawa" de Katsushika Hokusai
Primeiro texto do desafio Arte e Inspiração da Fátima Bento do blog Porque Eu Posso, Fátima já te disse que adoro o nome do teu blog? Porque eu posso, diz tudo!
Os meus textos não vão fugir ao tema do meu blog, sintam-se á vontade para não ler já que pode descambar um bocado. Vou adaptar as palavras e transpor para os sonhos da Maria, a personagem do meu blog de contos eróticos. Estes contos só vão ser publicados aqui, não poderão ler no outro blog o inconfess@avel. Espero que se Divirtam tanto como eu me divirto a escreve-los
Uma capacidade que desenvolvi em adolescente é a de sonhar acordada, invento situações. quase todas de romance. Logo eu que me meto nesta trapalhada de ser submissa, eu a Maria a sonhadora parva do romance.
Então eu costumava sonhar que conhecia um gato todo super giro, romântico que me levava a passear no seu barco. Um barco á vela, daqueles com cordas em todo o lado e velas de pano brancas e um leme como se vê nos filmes.
Depois de um jantar romântico, onde ele é muito atencioso, inteligente, com boa conversa, começamos nos finalmente, nos amassos. Beijos, beijos molhados, exploração labial com a língua, mordidelas e beijos nas bochechas.
O vento disse olá, e o meu par, como marinheiro experiente que era, disse que era melhor voltarmos. Equipamento xpto e tal, que não ia içar as velas, que íamos de motor ligado para ser mais seguro. Muito beijo, muito amasso, dedos atrevidos a passear. Estava frio, descemos para nos abrigarmos do frio e chuva, ele disse que não fazia mal.
A oscilação piorou muito, já não conseguia estar de pé, o barco gemia e rangia por todos os lados. Subimos para o convés, o tempo estava alteradissimo. Escuro, carregado de nuvens. O mar estava furioso, ondas sucediam-se, uma maior que a anterior.
Ouvi um estalo maior que os outros, o mastro tombou, fez um rombo num dos lados e a água começou a entrar e a ficar. Olhei para o meu par aterrada.
Lamento Maria disse ele. Só tenho um colete salva vidas, agarra.te ás cordas pode ser que consigas não cair na água. Vi consternada o meu namorada amoroso e atencioso vestir o colete e começar a lançar o sos no rádio.
Vi-a ao longe, grandiosa, plena da sua força. Quando chegou perto de nós elevou o barquinho e quebrou-o ao meio, senti as mãos a resvalar na corda e caí. Senti a força do mar, não conseguia respirar o suficiente,um peso no peito. Fui descendo no frio escuro e estranhamente silencioso.
Abri os olhos, aquele sonho estava esquisito, afinal tinha o meu gatinho em cima de mim!